Política de privacidade do Google cria problemas para a empresa na Europa


O jornal O Globo publicou no dia 02 de abril de 2013 a matéria: Países europeus iniciam ação coordenada contra a política de privacidade da Google. Na imagem está a versão impressa da matéria.

A empresa vem sofrendo pressão desde a alteração da sua política de privacidade onde, segundo os reguladores europeus, deixa os internautas sem informações concretas sobre os dados que a empresa tem sobre eles e por quanto tempo eles são mantidos. No ano passado – após o Google unificar as políticas de privacidade de 60 produtos como Gmail, YouTube e Google+ sem dar alternativa para os usuários rejeitarem a mudança – a Comissão Européia havia dado prazo de quatro meses para a empresa mudar as postura.

“O período expirou e a Google não implementou nenhuma mudança significativa”, informa a CNIL, agência francesa de proteção aos dados pessoais que lidera o movimento que além da França inclui Reino Unido, Holanda, Alemanha, Espanha e Itália.

O Google mantém a posição de que as informações pessoais dos internautas são utilizados de acordo com a legislação da União Européia. Em comunicado a empresa afirma: “Nós cooperamos totalmente com as autoridades envolvidas nesse processo, e continuaremos cooperando”.

As ações tomadas pela empresa não foram suficientes e agora ela irá enfrentar investigações independentes das agências reguladoras dos seis países envolvidos. Os procedimentos e sanções de cada uma são completamente diferentes. Na França, pro exemplo, a empresa pode ser multada em até € 300 mil, cerca de R$ 780 mil. Em outros países existe a possibilidade de sofrerem processos criminais.

Segundo especialistas em privacidade o Goggle não pode abrir mão de reunir as informações pessoais dos seus usuários, pois esta capacidade é fundamental para a otimização do seu buscador, com cerca de 95% de penetração no mercado europeu. Além disso, estes dados permitem também que a empresa otimize os seus anuncios pagos, que são sua principal fonte de renda.